Ela escondida passou com um silêncio melodioso,
me encontrou com seu sorriso de poucas fotos,
entendi rapidamente que não sairia ileso,
eu disse oi e ela respondeu enchendo seu café com açucar,
uma mulher com receitas de família na ponta da memória,
herdou um sorriso tímido e um sinal pouco acima dos lábios que soube derreter,
posssuidora de uma liberdade dos que limpam a própria casa,
a força singela de quem passou por tempestades e sobreviveu,
aprendeu a ficar sozinha,
conhecedora do maduro sabor das doçuras amargas,
ainda assim com um encanto reservado na palma dos olhos,
deixou eu pegar sua mão,
não apertou nem afastou,
assim permaneci e pudemos caminhar,
me levou à Paris sem sair do próprio porto,
me ensinou coisas de cinema comendo devagar,
achou que eu ficaria com receio de suas mãos polares,
não poderia saber dos vendavais por que passei,
suportei o frio acreditando no calor,
e assim poderemos esquecer as traições congelantes,
apostando nossos nomes de verdade.
Anora
Há 2 dias
6 comentários:
Marcelo, alegria imensa de passar por aqui e ver você escrevendo com toda essa beleza que nada mais é do que o reflexo do seu coração. Você faz uma falta danada no mundo virtual.
Beijo carinhoso. =*
Que lindo o teu motivo e o teu jeito de descrevê-lo.
Estou emocionada com o que eu li. Beijo!
Que lindo Marcelo!
Abraços
Iara
aaaaaaaah, que coisa boa vir te espiar e ler essa emoção bonita compartilhada, estava com saudade das tuas palavras e das tuas belezas todas....beijo enorme amigão, bem vindo aos mundo e aos descongelamentos todos!
Obrigado! Adorei ter escrito! É bom tentar voltar.
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