sábado, 23 de janeiro de 2010

A velha a fiar



"Estava o homem no seu lugar, veio a morte lhe incomodar: Morte no homem, homem no boi, boi na água, água no fogo, fogo no pau, pau no cachorro, cachorro no gato, gato no rato, rato na aranha, aranha na mosca, mosca na velha e a velha a fiar".

Essa canção está batendo na minha mente volta a e meia, do nada. Acho que ela quer me dizer algo. O recado talvez revela que é melhor se acostumar, não há sossego ou paz no círculo da vida, todo mundo se querendo, sempre tem alguma coisa incomodando, interpelando, esperando ou interrompendo, mesmo assim não podemos deixar de fiar. Mas na verdade, penso que a música quer dizer que é importante saber a hora de parar de fiar, juntar o mata mosca e esmagar a desgraçada, depois fazer outra coisa menos repetitiva e mais interessante com a vida. Cantava quando criança, entendi só agora; pelo menos ainda não sou velho.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

"Devemos estar dispostos a nos livrar da vida que planejamos para poder viver a vida que nos espera".

(Joseph Campbell)

Que o narcisista em você consiga largar o osso! Não adianta! O mundo nunca vai retribuir o "super" zelo e a atenção que você, não tão altruistamente, o concede. Pare de esperar retorno. Abandone esse plano absurdo, e não o mundo.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Frase do dia




"...é por isso que seres humanos existem, para salvar cada um de sí mesmo"

Do filme "ironias do amor".

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Para não esquecer...

"I don´t think life is absurd. I think we are all here for a huge purpose. I think we shrink from the imensity of the purpose we are here for"

"Eu não penso que a vida é absurda. Eu penso que nós estamos aqui por uma grande razão. Eu penso que nos retraímos devido à imensidão da razão pela qual estamos aqui".

Norman Mailer

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Viver é também, aceitar repartir, sem medidas justas, o que mora na palma da mão com os céus.
Espere para saber, e nada acontecerá.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

As linhas paralelas só se encontram no infinito. Ainda bem que as linhas humanas são tortas. Nunca saberemos ao certo por que esquinas o nosso infinito perâmbulará trôpego, esquecido e cego.

Voltar...

Voltar é complicado porque a gente quer sempre reencontrar um lugar melhor.
Viví a alegria de um feriado em companhia de sorrisos sinceros, da lua morna, de refrescos no mar, da música na estrada, do vinho doce, do abraço de bom dia. Tudo muito verde.
A tristeza reside no meu desejo de regressar para um lugar um pouco menos feio, sem tantos sapatos, businas, notícias, camisas apertadas, marrons, corações cerrados e olhares curvos. Parece que voltar é como vestir máscaras de faces rígidas, nervosas, é retocar a pose uniforme de cada manhã, domar a solidão e a vontade de fugir.
Voltar parece que é seguir o itinerário das rotas congestionadas, é ter os pulsos presos e a barba bem feita. É saber esperar o momento de se revelar como se gostaria, se pudessemos ser um pouco mais livres. É por isso que não podemos esquecer por que precisamos de amigos. Somente na companhia deles temos essa hora de ser quem somos, sem precisar.