terça-feira, 30 de março de 2010
Os que tentam corrigir...
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Sobre o autor:Michel Eyquem de Montaigne foi um filósofo francês que viveu entre 1533 e 1592 na França e era um pessimista em relação à sociedade da sua época.
P.s. Isso me parece tão atual!!
segunda-feira, 29 de março de 2010
quinta-feira, 25 de março de 2010
definição de anormalidade
terça-feira, 23 de março de 2010
Dica de bar Porto Alegre
sexta-feira, 19 de março de 2010
sugestões
invente uma mágica pessoal,
crie outra máscara,
não esqueça da simplicidade prazerosa de guiar,
faça uma nova amizade, se for preciso, muitas,
vá no cinema numa tarde de semana,
sugira um filme para o desconhecido ao lado,
fale sobre ele,
sorri sem pressa,
aja como se houvessem garantias.
segunda-feira, 15 de março de 2010
Momento segunda feira
É mais fácil deixar os outros fazerem as coisas por nós, assim nunca perceberemos nossas próprias deficiências e culparemos eles pela mesma omissão.
quarta-feira, 10 de março de 2010
Minha leitura de verão
Divido com vocês uma coletânea que fiz a partir do livro que devorei nas minhas férias. Um livro de John Gray chamado "Cachorros de Palha- reflexões sobre humanos e outros animais". Recomendo muito.
"o conhecimento não nos torna livres. Ele nos deixa como sempre fomos, vítimas de todo tipo de loucura"
"Ser uma pessoa não é a essência do que é ser um humano, mas apenas-como a história da palavra sugere- uma de suas máscaras"
"Pessoas são apenas humanos que assumiram a máscara transmitida à Europa durante as últimas poucas gerações e a tomaram como sua própria face"
"fora da ciência, o progresso não passa de um mito"
"a origem da ciência não está na investigação racional, mas na fé, na magia e no logro"
"buscar significado na história é como buscar padrão nas nuvens"
"muito pouco do que tem conseqüência em nossas vidas requer consciência. Muito do que é vitalmente importante só acontece na ausência dela".
"na verdade, em praticamente tudo em nossas vidas, nossas ações são iniciadas inconscientemente: o cérebro nos prepara para a ação e então temos a experiência de agir"
"quando estamos prestes a agir, não podemos predizer o que estamos prestes a fazer. no entanto, quando olhamos para trás, podemos ver nossa decisão como um passo num caminho ao qual já estávamos confinados. Às vezes vemos nossos pensamentos como eventos que nos acontecem e às vezes como atos nossos. Nosso sentimento de liberdade resulta da mudança entre esses dois pontos de vista. O livre arbítrio é um truque de perspectiva".
"pensamos que nossas ações expressam nossas decisões. Mas, em praticamente toda nossa vida, a vontade não decide nada."
"para Hume, a noção de si mesmo é apenas um ensaio de continuidades"
"a noção de si mesmo é um efeito colateral da falta de refinamento da consciência; a vida interior é muito sutil e transiente para ser conhecida em si mesma".
"nossa experiência subjetiva é freqüentemente, talvez sempre, ambígua"
"despertar para a verdade de que a vida é um sonho não precisa significar afastar-se dela. Pode significar acollhê-la.
"Hegel escreveu que a tragédia é a colisão do certo com o errado". "Embate entre o desejo humano e o destino".
"...existe tragédia quando os humanos se recusam a se submeter a circunstâncias que nem a coragem nem a inteligência podem remediar".
"se os mortos pudessem falar, não os entenderíamos"
"a verdade desvelada apenas nos cegaria"
"A conclusão final do trabalho de Freud é que ser uma boa pessoa é uma questão de sorte".
"Para Homero, a vida humana é uma sucessão de contingências".
"ainda falta um filósofo que escreva um grande romance. O fato não deveria surpreender. Na filosofia, a verdade sobre a vida humana não tem nenhum interesse".
"a autonomia pessoal é produto de nossa imaginação, não a maneira como vivemos. Somos forçados a viver como se fossemos livres"
"o pensamento ocidental está fixado no hiato entre o que é e o que deveria ser".
"se agimos certo, não é porque traduzimos nossas intenções em ações. É porque lidamos habilmente com o que quer que precise ser feito".
"as tiranias começam como festivais para deprimidos, sua promessa implícita é que irão aliviar o tédio dos submetidos"."
"é quando acreditam que deixaram para trás sua natureza animal que os humanos mostram as qualidades que apenas eles possuem: obsessão, auto-engano e perpétuo desassossego".
"como a felicidade não está disponível, a maioria da humanidade busca o prazer".
"o tecido de nossas vidas é feito de atos irrecuperáveis e eventos inalteráveis".
Obs. transiente é o mesmo que transitório ou passageiro.
terça-feira, 9 de março de 2010
Cada um no seu quadrado dos infernos
Quase terminada a operação, fui buscar o carro dela, e encontrei o dono da casa: um senhor com seus setenta anos, vestido com um abrigo. Eu já cheguei avisando que o carro era meu e que eu não havia estacionado alí, explicando a situação. Ele parecia visivelmente irritado e respondeu que apesar disso, eu não poderia ter feito aquilo sem a sua permissão, que alí não era local público, tendo expresado sua insatisfação, eu apenas pedi perdão e me retirei com delicadeza. Ele virou-se e voltou para seu asilo.
Fiquei com raiva depois disso, pensei que eu deveria ter sido mais rude e irônico. Deveria ter perguntado se havia lhe ferido ou causado algum mal e, caso sua resposta fosse positiva pediria perdão, cogitei também a possibilidade de ter dito que, se havia lhe ferido, que me perdoasse. Eu juro, meu carro não passou de 5 minutos no local. Tentei imaginar como seria se eu estivesse na situação inversa, se iria me irritar assim e conclui que não. O velho estava dentro de casa, eu não impedi sua passagem, nem tampouco seu direito, super valorizado, intocável, venerável e sagrado de ir e vir, eu estava o tempo todo de olho no carro da colega, em caso de algum imprevisto ou emergência.
Acabei tentando digerir a raiva, me achando um trouxa por ser tão educado e por deixar as pessoas fazerem o que bem entendem sem uma contra repreensão da minha parte em nome do respeito aos mais velhos. Eu não tenho culpa pelos ressentimentos alheios, mas alguém sempre acaba tendo que pagar a conta por eles. Acredito que para fins de entendimento de situações assim, não há sentido em tentar desculpar a resposta do sujeito como consequência da sua velhice, aposentadoria, invalidez, doença, ou viuvez, eu não tenho nada a ver com isso.
Acontece que hoje vivemos, por um lado, uma gigantesca falta de limites e de noção que beira ao caos e a insanidade e, ironicamente, por outro, uma super intolerância contra qualquer pequeno ato "infrator" que invada a calçada do vizinho. Farei de tudo para não acabar como o senhor da rua Antenor Lemos. Tem gente que precisa viver brigando por alguma coisa qualquer, pessoas que acreditam sempre estar sendo lesadas. Quem nunca foi??? Não pode ser isso o que nos determina ou reflete no final. Pelo menos não deixei me dirigir pelas minhas próprias rusgas, não aceitei o convite da briga, não fiz o ódio circular, amorteci no peito e pisei no acelerador sem olhar para o vidro retrovisor. É início de semana. Vida que segue.
quinta-feira, 4 de março de 2010
Um ponto
Me disseram que sou exigente demais, não sou muito paciente mesmo, é que eu não gosto de empatar vidas, tampouco acredito que a fila simplesmente anda, a impressão que tenho é que ninguém espera por outro, parece triste dizer isso, talvez cruel. Eu ainda esperava. Hora de andar.