segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

kit reveillon 2010



Pelo ano era isso tudo pessoal!
Estou pegando a freeway amanhã cedinho!
Se quiserem carona para o ano que vem...
Bem vindos a bordo!
Não esqueçam o mais importante,
as janelas deverão permanecer abertas durante todo o percurso,
não garanto segurança total,
o volume nunca ficará baixo,
posso vir a cantar,
e se eu colocar a cabeça fora da janela para comer vento, não estranhem!
Se não nos encontrarmos no caminho,
espero vocês do outro lado,
quando seremos gatos,
e pra quem eu não ví,
deixo um bom dia,
meu boa tarde,
e uma boa noite!

tempos modernos

Homens! Cuidado com as mulheres tipo lasanha de microondas. Quando você acha que estão borbulhando, olhe melhor! Na verdade ainda estão congeladas por dentro.

Mulheres! Cuidado com os homens que vivem comendo lasanhas de microondas, eles não tem o que é preciso para esperar.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Nota de fim de ano

Uma nova coragem poderia nascer de um simples "botar a boca" em algum dono de cachorro que deixa a frente da nossa calçada suja. Que importante início não seria esse?! Uma bela meta! Além de tudo pode ser realizada em menos de uma semana! Por que esperar 2010?

Meios e fins

Os sins justificam os meios.
Os nãos justificam os fins.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

convite

Cansei de ser legal, pensando bem nunca fui fácil.
Cansei de ostentar ideais eternos vivendo tragédias Nietzschianas.
Onde mora o fim do amor platônico e a estúpida máxima das filas sem fim?
Só queria não sofrer demais, nem desaparecer com tanta facilidade,
nem adivinhar o outro, nem decretar verdades a seu respeito,
apenas não salvar ou condenar.
Queria aprender a jogar sem idéia,
sem balanços,
sem estudos,
podemos?

Procura-se um amigo

"Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.

Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.

Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.

Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive".

Vinícius de Morais

Sobre as verdades

"Há verdades triviais e há grandes verdades.
O oposto de uma verdade trivial é simplesmente falso;
O oposto de uma grande verdade, também é verdadeiro."

Niels Bohr

A última chance


Quando entendemos melhor a morte,
viver perde um pouco da sua insustável nobreza,
o que foi tentativa basta,
o impossível ganha espaço no caminho dos destinos,
esquecemos o que seríamos se...

sábado, 19 de dezembro de 2009

Os outros 16 melhores discos da década (por enquanto)

Death cab for cutie- Plans
Damien Rice- O
José González- Veneer
Mozez- So Still
John Mayer- Room For Squares
Jorge drexler- Eco
Aimee Man- trilha do filme Magnolia
Coldplay- A rush of blood to the head
David Gray- lost songs
Jamie Cullum- Pointless nostalgic
Keane- little broken words
The Cinematic Orchestra- ma fleur
Kings of leon- Only by night
Lisa Shaw- Cherry
Travis- The invisible band
KT Tunstall- eye to the telescope
Pete Yorn- music for the morning after

Se quiserem baixar algum posso disponibilizar os links.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Pesado para uma sexta?

"Todo amor é matizado pelo impulso antropofágico. Todos os amantes desejam suavizar, extirpar e expurgar a exasperadora e irritante alteridade que os separa daqueles a que amam"
(Bauman)

Resposta: Complicado falar por todos, mas certamente todos temos o impulso. Se ao menos aprendessemos a amar em vez de querer "extirpar" o que nos separa do outro.... ficaria bem menos pesado.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Momento psicopoéticopedagógico

Se um aluno "está no mundo da lua"
o problema do professor será
o de trazer
a "lua" ao mundo da criança,
já que se quiser expulsar
a "lua" da aula expulsará também
o aprendente que há em seu aluno.
Por outro lado, essas "luas"
costumam estar habitadas pelas situações
mais dolorosas da vida das crianças.

Alicia Fernandez

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Apontando lápis

Hoje não quis desenhar,
então só apontei meus lápis,
deixei-os em cima da mesa,
ao lado das folhas,
de frente para a janela,
distante das grades,
próximo das minhas caixas,
de costas para a saída,
tudo ficou pronto.
Desenharei uma casa,
ela terá sacadas com flores,
haverá um jardim e uma parreira,
pássaros no céu,
montanhas sobrepostas ao longe e um lago rodeado por pedras,
será um dia ensolarado,
poucas nuvens passeando para não parecer mentira.
Eu estarei para sempre pescando lá.
Divido meus lápis se quiserem,
o desenho não sei.
Estrondo, desvario,
penso em correr novamente,
apelo aos deuses por soluções,
confundo, tremo,
sangro, coagulo,
teimo por sentido,
rogo por paciência,
fico perdido entre esquecimento e tentativa,
bom não me alimenta.
Saberei um dia se estou velho ou vivo demais?

domingo, 13 de dezembro de 2009

congestionamentos

Não bloqueie os cruzamentos,
as pessoas foram feitas para passar,
não invada os tempos do outro,
sem respeito os espaços se comprimem,
saiba quando é hora de parar,
entenda quando é de seguir,
esperar não é um enigma,
para entender, basta olhar de fora,
acontece que o mundo é congestionado de Narcisos.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Fim de ano à John Lennon


O fim de ano vem chegando e os olhos começam a lacrimejar. Cantando em meus ouvidos, John lennon sussura a pergunta: "o que você fez nesse ano"? Então sensações e lembranças rodopiam na retina e entregam um convite para o baile do balanço final.

Um ano ímpar, como diria minha amiga Nádia. Em anos ímpares nada termina arredondado, como se um desfecho feliz não fosse possível. Me encontro nessa reta derradeira, nadando contra um rio de possibilidades por fazer, onde tubarões e golfinhos convivem em aparente harmonia. Um ano que ficou sem par certo, dancei mais sozinho, dormi mais com meus travesseiros, cozinhei pra mim e lavei muita louça sem secar.

Nesse ano, entendi melhor que, às vezes, não afundar também é uma vitória. Manter o que obtivemos, bem como diminuir a frequência de atitudes e vícios que não nos levam a lugar algum requer uma constância e resistência que poucas pessoas conseguem enxergar e, então, facilmente apontam como falta de vontade ou ambição. Tentei resistir às soluções mágicas. Me esforcei para não dar tanto ouvido aos que exigem a obtenção de resultados numéricos no gráfico dos altos e baixos da vida.

Mas é hora de regular o foco, repensar o destino, imaginar o recomeço da vida, acreditar que é possível mudar mais, de novo. Tempo de entender que remoer mágoas é como mascar espinhos sem ajuda dos dentes. É hora de lembrar dos abraços e das lágrimas, de agradecer àqueles que tentaram ajudar, mesmo se não pudemos aproveitar suas mãos por vergonha, orgulho ou incompetência. Não é tarde para aceitar desculpas se fomos esquecidos e pedir desculpas se esquecemos. Às vezes um abraço basta, outras, um olhar não é suficiente, é necessário pedir falando. É também momento de tentar exorcizar os amores perdidos, àqueles sem desfecho do passado, ou os atuais que não correspondem para, então, voltar a caminhar sem todos os fantasmas que nos algemam. Aprendi que usar a meteorologia como desculpa gera uma tristeza polar. Por favor, não morram antes de viver sem desculpas.

Enfim, grande John, você quer saber o que eu fiz nesse ano? Eu dei minhas mãos a muitas crianças, acompanhei dores de pessoas que precisavam de filhos, de filhos que necessitavam de pais, brinquei no chão, girei dezenas de vezes a roleta do jogo, fui derrubado, rodei, rolei, lutei com espadas, chutei em gol, fui um pouco pai, psicólogo, professor e amador. Me defendi de bombas, perdi por W.O. e desisti cedo demais. Mostrei a língua, escrevi poesia e joguei fora um tempo precioso brigando sozinho e comigo. Perdi campeonato na última rodada, fui salvo pela minha irmã, chorei escondido, quis pular em queda livre, tentei reaver, revoltar, me separei e fui separado. Descobri novas músicas, cantei, fiz amigos "virtuais" que hoje vivem como se dividissem meu apartamento comigo. Trabalhei como um cavalo. Comprei um carro, renovei a carteira de motorista, consegui a cidadania polonesa. Conversei com a fé. Fiz uma oficina de poesia com um poeta maluco que pinta as unhas. E o mais importante, no fim, saí mais, arrisquei mais, comecei a fazer minha coragem tirar meus medos para dançar. Uma coragem desconhecida, que pode ser chamada, por alguns, singelamente, de amor.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Desconstruindo ditados

"What you can´t see won´t hurt you...
It will kill you".

Fazendo uma adaptação para o nosso ditado, eu diria: o que os olhos não vêem, o coração ressente ou pressente.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Sobre o impulso (física também é poesia)

Impulso é a grandeza física (ou libidinal*) que mede a variação da quantidade de movimento de um objeto. Geralmente causada pela atuação de uma força (uma força misteriosa, talvez causada pela superação do medo, da suspensão temporária do conforto da inércia*). A unidade no Sistema Internacional de Unidades para o Impulso é o N.s (newton segundo ou newton vezes segundo).

Desejo repentino de fazer algo (sem pensar nas conseqüências); força ou estimulação repentina

Movimento comunicado a um corpo (quando tocado por outro*).

Estímulo que possui força para levar o indivíduo a fazer DETERMINADA ação. Qualquer estímulo pode vir a ser um impulso. (Mas não é qualquer impulso que nos leva a atuar em uma determinada ação*).

Ação de uma força sobre algo para que possamos colocá-lo novamente em movimento.

Atuação de forças (afetivas*) sobre um corpo, ou seja, essa grandeza (de espírito*) mede o esforço necessário para colocar um corpo (sujeito*) em movimento.

p.s. Para tornar a física mais poética eu trocaria estímulo por desejo. Não somos uma pilha de recepções nervosas funcionando sobre a base ação e reação.
p.s.2. Movimento é uma ação que se mede através da divisão entre vontade, risco e resiliência.

p.s.3. ... e se alguém lhe oferecer flores, isso não é impulso!
* Notas pessoais.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

fluir

Cansei de alimentar lagoas,
sou do mar, do rio, das nuvens,
gosto das folhas balançando.
Busco uma equação que envolva pressão, força, intenção e calor sobre gravidade zero.
Resta saber se consigo segurar algo comigo assim passando.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009