segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Vírus

Preciso de um convite em outra língua,
talvez alguma infecção,
qualquer coisa que sorria para minhas veias.
Queria falar com os pássaros da árvore fincada em meu ouvido,
Queria ecrever ao som de mel e limão,
congelar a febre elétrica que corre na ponta de meus dedos,
e esse fogo na garganta.
Vivo num córrego insano,
impaciente e agudo que assombra minhas vias,
aguço meus fios,
estremeço,
estou farto de imunidades.

4 comentários:

pensar disse...

OI Marcelo,

Tua poesia esta cada vez mais limpa e profunda.Adoro.
Bjs

marcelo disse...

Oiiii!!
Que bom ouvir isso! Tentarei continuar assim!
Bjo!

Fran disse...

o que posso te dizer?? Eu também... farta de imunidades, apesar de reconhecer os riscos da vulnerabilidade. É como saltar sem ter certeza que se sabe voar. Pode ser aterrorizante ou extremamente tentador!!

Letícia Alves disse...

Marcelo,
Obrigada pela visita e volte sempre!
Gostei dos seus versos, eles são límpidos e belos.
Beijos Tempestuosos!