terça-feira, 18 de agosto de 2009

Correndo ela

Acaricia seus micro megapixels,
desenha os ombros,
sublinha as sobrancelhas,
carrega seus lábios para as suas pastas,
imagina ideias em sua língua.
Ainda assim a seta parece fria,
uma indicação sem fundo,
não pode se enganar,
clica sem conseguir,
não salva nada, tampouco baixa ninguém.
Mouse não é mão,
chegar nunca é um bit,
sem distância não há desejo,
não há salva dor sem sair de casa.

6 comentários:

Marjorie Bier disse...

Vim parar aqui através do blog da talita... que grata surpresa!

Delirium disse...

Virtualíssima distância!

Kenia Santos disse...

Verdade cruel! Distância não ajuda muito nos assuntos do amor. Querer o que está longe está se tornando tão comum hoje em dia! Há que se dar um jeito de querer o que está perto, ou então, aproximar o que está longe.

Beijo-te com carinho, querido.

marcelo disse...

Seja bem vinda Marjorie!
É isso mesmo Kenia, desejo a distância na maioria das vezes é complicadíssimo.

Wania disse...

Este, infelizmente, é um dos indesejáveis problemas da virtualidade!
Tão perto... e tão looonge!

Bjsssss

marcelo disse...

Realmente! Nunca tão perto pareceu tão longe! E vice versa!
Bem, Wania! Bjo!!