sábado, 7 de novembro de 2009

Para lembrar Clarice Lispector

Tudo perdôo aos que não sabem se prender, aos que se fazem perguntas. Aos que procuram motivos para viver, como se a vida por si mesmo não se justificasse.

Somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente

enquanto eu inventar deus, ele não existe

a vida não é de se brincar porque em pleno dia se morre

não temos nenhuma alegria que já não tenha sido catalogada

Temos disfarçado com falso amor a nossa indiferença, sabendo que nossa indiferença é angústia disfarçada. Temos disfarçado com o pequeno medo o grande medo maior e por isso nunca falamos no que realmente importa. Falar no que realmente importa é considerado uma gafe

É só quando esquecemos todos os nossos conhecimentos é que começamos a saber.

A coragem de Lóri é a de, não se conhecendo, no entanto prosseguir, e agir sem se conhecer exige coragem.

Escolher a própria máscara é o primeiro gesto voluntário humano. E solitário.

Escrever sem estilo é o máximo que, quem escreve, chega a desejar.

Substituirei o destino pela probabilidade

Vou começar meu exercício de coragem, viver não é coragem, saber que se vive é a coragem

Mas usei demais as verdades como pretexto. A verdade como pretexto para mentir?

Clarice.

2 comentários:

Nádia Lopes disse...

Ah, ela é mesmo tuuuuuuuudo né?
beijo

Talita Prates disse...

Ah, eterna!

Sou fã incondicional.